2008/08/21

Jogos olimpicos de luto?

Irrisório é pouco para definir o que acontece em algumas situações tendo como protagonistas os nossos semelhantes.Em relação ao acidente ocorrido em Espanha em que houve uma quantidade considerável de mortes,temos as mais estranhas acepções desde haver uma senhora que declara ao mundo,quando questionada á cerca do assunto,que ficou contente,sim leram bem,contente porque devido aos acontecimentos o seu voo foi atrasado...podendo permanecer mais tempo no local onde se encontrava.Ficou igualmente muito bem aos senhores dos jogos olímpicos não permitir que a bandeira espanhola ficasse a meia aste e proibir o luto dos atletas...O luto é da forma que quisermos,não é exposto...é interior,mas não é proibido por ninguém...

Saudade novamente


São raras as noites que não sonho contigo,não sonhos sombrios ou sem nexo,mas sonhos que respeitam o normal,como se tudo estivesse bem...agora as saudades são maiores.Tenho saudades das nossas conversas na net,dos nossos códigos para que ninguem as percebesse.Gostava de te dizer que há muita gente que tu odiavas,que tavamos sempre a gozar...e que não gostava de ti que se mostra com muito pesar...tu estas nos meus sonhos em todo o lado.........Estou a aprender a falar contigo,de uma forma menos triste...

2008/08/20

uma noite


Acordei com a maquinhagem de ontem (que nao se pense que é muita) o que não é um feliz indicador tal nunca acontece,só mesmo quando estou triste e quero dormir mas ontem não era o caso,no entanto acordei com umas 6 ou 7 mensagens sms com conversas do dia anterior que hoje não faziam o menor sentido, desde autografos nao sei de quem locais,local de jantar para amanha...estava uma noite linda...procurei venus como todas as noites estreladas,a estrela mais brilhante, a maior...procuro-a desde á anos,desde que me ensinaram

2008/08/16

Ana Malhoa...ole

A minha voz não esta nas melhores condições hoje...epah o que gritamos,pois é ontem fomos mesmo ver uma actuação da Ana Malhoa e sabem...adoramos.Só mesmo nós para dizer coisas como "Malhoa da-me a tua tanga leoa" e saltar-mos com aquelas musicas que toda a gente sabe pelo menos o refrão apesar de dizer que não,que as preferências vão mais para uma qualquer banda inglesa.A verdade é que é assim as pessoas tem vergonha de ir á missa e de admitir que sabem o refrão de musicas pimba.
Acho que no interior de algumas pessoas tal significa feria a sua personalidade ora vejam,quando se pergunta a alguém católico se vai á igreja ou o que acha de Deus as pessoas dizem que não vão á missa desde a primeira comunhão,ou contam uma das trezentas mil anedotas sobre Deus e a fé,não sou muito ou mesmo nada religiosa porque questiono muitas coisas que não vejo muitas respostas...Quanto a Ana Malhoa e afins a resposta a qualquer pergunta é "A gaja é uma boa v..." "Tem uns peitos jeitosos..." Será algum ressentimento do sexo masculino,ou alguma coisa resabiada por não conseguir tanta proximidade como gostariam.Eu também não gosto desse tipo de musica,mas que e divertida é...sorriam mais,deixem respirar toda a gente...da forma necessária

2008/08/09



Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

2008/08/02

Mundo pequenino...

Tenho tido uma vontade acima do normal de escrever.


De contar coisas....a começar pela cor do meu verniz,que me atrevo a dizer que é minimamente estranho,esquisito inaceitável...Posso dizer hum que é e um platinado,prata,espampanante muito interessante,depois de o ter colocado penso que se tornou agradável num recanto qualquer da minha mente,agradável.Sempre achei bastante interessante este tipo de coisas, pindéricas.O normal não me agrada,o vulgar também não.e provavelmente sou a pessoa mais vulgar do mundo...será muito provavelmente por isso que a moda all star estilo todas as cores e feitio,nas raparigas me é alheia...e considero horripilante.Apesar da minha irmã estar em causa sossega-me o facto de se ficar por ai e não tirar fotos na casa de banho em frente ao espelho como a maioria das miudas.Sabem...eu não era assim,não era mesmo assim...nestes últimos dias falei com uma amiga de há anos e acompanhadas pelas nossas avós...foi um caminho para rapidamente sermos reportadas para os nossos 9-10 anos.Felizmente não tenho uma história dramática ou pouco comum,mas sim feliz e doce.Não me lembro de um momento triste na minha infancia,um conto de fadas ao meu tamanho.


Lembro-me de brincadeiras diferentes...como dizer mais humanas,correndo o risco de me chamarem louca,pois eram frequentes as brincadeiras de pais e maes,mas nós tinhamos as familias todas e casas e filhos e mais casas e mais filhos,brincava com alguem com uma personalidade muito semelhante á minha e isso hoje faz algum sentido,pois todas as nossas brincadeiras são um reflexo do que somos hoje,optava sempre por ser profissoes que podesse adaptar ao material de brincadeira existente,era maioritáriamente professora (o que gostaria de ser hoje),ou então não menos frequente uma ama que ficava com os outros bebes,crianças plastificadas sem expresão alguma que eu vestia com roupinhas,as barbies ficaram excluidas do meu pequeno universo...mas não de todo.Quando a minha tia decidiu juntamente com a minha mãe construir-me um monopolio de bonecas loiras escanzeladas e juntei-as durante algum tempo,guardei várias,muitas em caixas que a minha mãe gostava que mantesse intactas,lembro-me particularmente do fascinio temporário que senti por uma,dentro de uma caixa rosa,com aquele tipico cheiro a barbie de que me recordo ter uns tennis,tinha um pequeno mecanismo que ao desencadear ela rodopiava durante segundos,depois de varias tentativas a minha mãe acedeu a deixar-me descobri-la,para nada...horas mais tarde a minha barbie estava a um canto inanimada...afinal aquela maravilha de boneca era afinal a pega no reino dos bonecos.Foi a minha unica experiencia com barbies e bonecas do genero,vindo-me mais tarde a aperceber que as barbies tambem tem marca,ha umas roscofe e outras da sociedade primária e requintada,as minhas deviam ser dessas pelo que eu lhe tirei logo as manias...
Foi também com o "nosso tipo" de brincadeiras que me apercebi realmente o que eram os animais,isto é passei até hoje a ve-los como deve ser...animais,não com a maneira brusca que repugno,nem como bonecos como a maioria dos meninos o s vêem mas sim como animais que tem as suas próprias necessidades diferentes das dos humanos...logo de uma forma especial.Descobri mais recentemente que o episódio de dissecar peixes não era nosso exclusivo,uma experiência...obscura em que se vai á procura de algo mais enriquecedor,podem crer.
Um dos episódios que mais me marcou passou-se no Carnaval,a nossa brincadeira mais apetecida era vestir roupa que fizesse lembrar damas antigas,não me perguntem onde raio fomos buscar a ideia...o certo é que decidimos,eu e a minha amiga vestir-mos roupa assim no Carnaval,tendo como modelo uma telenovela que passava na época.Nomeamos para isso as nossas avós como costureiras oficiais, o vestuário para o dia deu direito a tudo...saia comprida e com relevo atrás,camisa com uma renda por elas aplicada,uma bolsinha a condizer,um leque,e até um chapéu de aba larga com uma fita em redor.Agora que penso,analiso como estava perfeito.
Qualquer que fosse a brincadeira havia uma paragem obrigatória...uma serie da televisão dos finais de tarde,New Have...
Hoje as coisas são um pouco diferentes de há sete anos atrás e não considero para pior,há de tudo...ainda bem que existem aqueles jogos todos engraçados,que ainda consegui apanhar algumas inovações,e tive a possiblidade de as ter.O que importa verdadeiramente...é que não chova no tecto onde brincamos,que se respire amor,que se seja um pouco do que se vai ser,que se partilhe com alguem o que temos...eu brinquei assim

um dia...novamente

É a segunda postagem de Agosto,e contraría o que muita gente talvez tivesse á espera que fizesse,falar dos últimos acontecimentos nas nossas vidas,mas a verdade é que o que muita gente que me rodeia tem andado a escrever,me admira.Porque ainda não consegui escrever nem digerir muito,logo acho um verdadeiro acto de coragem escrever utilizando sentimentos.

Eu falo-ei um dia,numa manha como a de hoje,brilhante, ou então num dia chuvoso e triste (devo ter ouvido estas palavras num filme),nem que seja para lhe contar algo,para lhe mostrar alguma coisa que gostaria,ou simplesmente para lhe dizer que não me esqueço.Passou uma semana,e a razão veio a mim.
A verdade é que não podemos,jamais podemos infringir-nos ainda mais a dor...queria dizer muito,queria pedir a alguém que tudo tivesse sido diferente.Mas não foi.Foi tudo exactamente assim daquela forma que já conhecemos.Não sei qual será a melhor forma de apaziguar tudo o que sentimos,cada um terá a sua forma.Apenas acho que não podemos ninguém pode,querer que a sua presença nas nossas vidas seja superior.E a dor do outro é indiscritivel...
Agora,o resto é nada eu sei...
Agora que aceitei,não sei qual é o passo que se segue...sou como os outros.Nunca saberei,sei que nunca mais saberei...porque nunca me vou esquecer...O mundo ficou mais meigo,mais confuso,menos feliz...
E não será sempre assim?
Pedimos de menos...acabamos sempre por nos resignar aos acontecimentos da vida,apercebo-me agora que tudo é inevitável,tudo é uma consequência de algo...
Um dia...um dia prometo por tudo o que passamos que o recordarei da mesma forma que hoje recordo.Agora todos nós continuamos...como se a vida não parasse realmente...Parou.Mas apenas por breves segundos e a prova disso é que hoje esta sol,e devia estar a chover torrencialmente...como por resignação,pouca gente te recordará como eu...Até...Até á próxima valsa

livro "A filha do capitão"


Afonso Brandão teve, na sua infância, oportunidade de estudar num seminário. Aí, desenvolveu largamente os seus conhecimentos. A sua natureza irrequieta provocou a sua saída, mas Afonso, não tendo aptidão para ser padre, seguiu em frente. A vida levou-o para o Exército, para onde foi mandado para ser afastado da menina de quem gostava, da aldeia onde morava. A própria mãe da rapariga fez todos os preparos para conseguir o seu afastamento, e avançou mesmo com todas as despesas, tal como tinha acontecido com o seminário. Mais tarde e promovido a capitão, as tropas de Afonso e outras tantas portuguesas são enviadas para França, para lutarem pelos Aliados contra os alemães, no que seria a Primeira Grande Guerra Mundial. Seguiram-se tempos horríveis, onde os soldados portugueses permaneciam em combate em condições terríveis. No meio da desgraça e do sentimento de desilusão e frustração, Afonso conhece uma bela francesa que iria mudar a sua vida. Agnès era um mulher como nunca tinha conhecido nenhuma, com o requinte e inteligente que nunca pensou poder vir a alcançar. Os seus poucos tempos livres, em que gozava de licença, passava-os junto à sua amada, que lhe deu todas as forças que precisava para continuar na Flandres, alento para continuar e um motivo para voltar. Viveram uma intensa história de amor, amaram-se onde só havia ódio e desalento, construíram algo onde só havia destruição. A um pequeno passo das tropas portuguesas serem rendidas, os alemães atacam fortemente, com uma ofensiva à qual as tropas portuguesas e inglesas que defendiam o sector não resistiram. Com um fruto no ventre, Agnès viu-se separada de Afonso durante meses a fio. Este tinha-se rendido e feito prisioneiro, e só quando a guerra acabou e voltou a Portugal pôde finalmente saber notícias da sua francesa. O pior acontecera, o mundo desabou sobre si quando soube que a sua amada e o seu filho que carregava no ventre tinham falecido devido à febre espanhola. Um romance envolvente, um documento histórico notável, que nos faz ver a guerra como algo ainda mais horrível do que aquilo que imaginamos, onde, para além das vidas, se ceifam, sonhos, desejos, e só permanece o espírito de sobrevivência, a camaradagem e a vontade de normalidade.